A estatística também aponta crescimento de 81% das ocorrências em relação a 2010
Nova pesquisa da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) revela que 20 pessoas foram mortas em assaltos envolvendo bancos no primeiro semestre de 2011 em todo país. A maior incidência foi o crime de "saidinha de banco", que fez 11 vítimas.
"Uma média de mais de três mortes por mês é assustador e preocupante", avalia o diretor da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr. Para ele, "a estatística comprova o descaso e a escassez de investimentos dos bancos em medidas e equipamentos de prevenção contra assaltos e sequestros, bem como revela a precariedade da segurança pública diante da falta de mais policiais e viaturas nas ruas e ações de inteligência para evitar ações criminosas".
"Uma média de mais de três mortes por mês é assustador e preocupante", avalia o diretor da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr. Para ele, "a estatística comprova o descaso e a escassez de investimentos dos bancos em medidas e equipamentos de prevenção contra assaltos e sequestros, bem como revela a precariedade da segurança pública diante da falta de mais policiais e viaturas nas ruas e ações de inteligência para evitar ações criminosas".
O levantamento, feito com base em notícias da imprensa, mostra que nove clientes perderam as suas vidas em função da violência nos bancos, o maior número entre as vítimas. Também foram mortos seis policiais, um bancário, um vigilante e três outras pessoas.
A maioria das mortes aconteceu no Estado de São Paulo, com 12 casos. Os demais crimes ocorreram no Rio de Janeiro (2), Rio Grande do Sul (1), Santa Catarina (1), Bahia (1), Minas Gerais (1), Pará (1) e Piauí (1).
A estatística também aponta crescimento de 81% das ocorrências em relação a 2010, quando foram contabilizadas 11 mortes. Em todo ano passado, foram apuradas 23 mortes, quase o total de ocorrências verificadas somente nos primeiros seis meses deste ano.
A Contraf-CUT defende medidas preventivas que visem enfrentar a "saidinha de banco". Segundo o dirigente sindical, "esse crime começa dentro dos bancos e, para evita-lo, é preciso dificultar a visualização de olheiros das operações dos clientes nas agências e postos, através da instalação de divisórias individualizadas nos caixas, inclusive eletrônicos, e biombos entre a fila de espera e os caixas", destaca.
"Além disso, é fundamental a colocação de portas de segurança com detectores de metais antes do autoatendimento, câmeras de filmagem com monitoramento em tempo real nos espaços de circulação de clientes, nas calçadas e áreas de estacionamento, e vidros blindados nas fachadas", salienta Ademir.
"Os estabelecimentos não podem continuar vulneráveis, senão expõem ao riso a vida de bancários, vigilantes, clientes e usuários, além de transeuntes e outras pessoas que acabam sendo vítimas de assaltantes, cada vez mais atrevidos e aparelhados, inclusive com uso de explosivos", alerta o diretor da Contraf-CUT.
Mais informações, acesse o site: http://www.contrafcut.org.br